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quarta-feira, 22 de agosto de 2012

53 - Acampamento 5


POV Roberta



Diego: Quem deveria dizer isso sou eu. - Roberta apenas olhou pra baixou e apoiou minha cabeça em seu ombro, ficariamos sentandos em algum canto até alguém nos achar, execelente plano, não?


Narrador:
Enquanto isso no acampamento...
Alice: Viceente, já tah anoitecendo, já choveu, já parou de chover, o tempo tá uma coisa de tão feio, voce não acha que isso foi uma pessima ideia?
Vicente: É, infelizmente acho, mais a ideia nem foi minha, foi do proprio Jonas, EnfiQm, voces todos me entregaram o trabalho?
Todos: Sim..
Vicente: Bom, tá todo mundo aqui?
Juju: Acho que sim.
Binho: Não, cade a Roberta?
Carla: É mesmo, a dupla dela é o Diego, cade eles?
Alice: Acho que eu não vi eles desde que entramos na barraca para esperarmos a chuva passar.
Vicente: Ah, só pra ficar perfeito! Dois alunos sumirem!
Tomas: Vai ver eles foram pro meio do mato na... - Todos olharam serios para Tomas. - Acho que não é uma boa hora para piadas né?
Carla: É, acho que não Tomas.
Vicente: Eles não devem ter ido longe, vamos nos organizar e procura - los, mais dessa vez vamos todos juntos.
Assim todos foram procura-los.
Continua...

terça-feira, 21 de agosto de 2012

52 - Acampamento 4

POV Roberta

Roberta: DIIIIIIIEGO ! 
Meu Deus? o que foi que eu fiz?
Desci me segurando em algumas pedras até onde o Diego estava, há chuva já havia se amenizado, mais ainda chuviscava, Consegui chegar até ele, Jesus, ele tá desacordado!
Roberta: Diegoo, Diego.... - Tava quase chorando, será que eu matei  Diego? ai não, melhor não pensar o pior, arrastei ele para um canto que não tava chovendo e fiquei abraçada com ele...
POV  Diego
Depois da briga que tive com Roberta, começou a chover, e queria leva - la para o campamento de novo, ela disse para mim que sabia ir sozinha e foi andando, por causa da cluva e por já estar anoitecendo, ela tropeçou em uma pedra e caiu, eu corri até ela pra ver se ela tinha se machucado, mais ai quem se ferrou, fui eu.
Cai em um ' buraco ', só sei que sai rolando que nem uma bola...
Depois não lembro de mais nada, só acordei e minha cabeça estava no colo da Roberta e ela chorando... Porque ela tá chorando??
Diego: Roberta...Aii, oque houve?
Roberta: Diego! Voce tá vivo... - Ela disse secando as lagrimas...
Diego: Parece que sim.
Roberta: Voce ficou desacordado, eu quase morri de preocupação!
Diego: Sério? 
Roberta: Voce se machucou?
Diego: Não sinto me braço, e minha perna doi um pouco, eu acho que torci ela, mais o braço, sinto que o quebrei.
Roberta: É tudo culpa minha.
Diego: Hey, não fica assim, eu que beijei voce...
Roberta: Voce consegue levantar?
Diego: Acho que sim...
Com bastante esforço eu consegui levantar...
Roberta: Acho que não estamos muito longe do acampamento, mais não será melhor esperarmos ajuda?! Sei lá né, acho que vai ser muito dificil nós sairmos daqui sozinhos.

51 - Eu não preciso ouvir isso.

POV Roberta



Diego: Não, com você é diferente, você sabe, Nem foi preciso um beijo para eu me apaixonar por você.
Roberta: Eu não preciso ouvir isso.
Sai correndo abandonando tudo aquilo, eu não aguento mais, como que eu vou saber se ele gosta mesmo de mim? Porque isso agora na minha vida? Porque eu tinha que vir pra esse internato? Pra esse acampamento?  
Boas perguntas, e nenhuma resposta.
Diego veio atrás de mim, e me pegou pelo braço, ficamos nos olhando, como ele era lindo...
Começou a chuver... é, e quem disse que nunca pode ficar pior né?
Diego: EU SEI QUE A GENTE BRIGOU MAIS VAMOS VOLTAR PRO ACAMPAMENTO! - ele disse e me pegou pelo braço.
Roberta: Eu sei andar sozinha. 
E sai andando, eu não podia ver muito coisa, pois estava chuvendo e bom, era um floresta, e tava muito escuro.
Sem querer eu tropecei em uma pedra e cai, não cheguei a me machucar, mais Diego quis me socorrer e acabou caindo em em buraco...

Roberta: DIIIIIIIIIIIIIIIEGOOOO !

Continua...

50 - Acampamento 3

POV Roberta



Depois de todos nós montarmos a barraca, descansamos um pouco e comemos para depois fazer o trabalho.
Vicente: Todos prontos?
Todos: sim
Vicente: O trabalho é pesquisar algumas plantas, flores e algumas outras coisa. Vou dar pra voces um folha com o nome e a gravura delas e voces iram procura-las, elas não estão muito longe, então não tem perigo de voces de perderem, esse trabalho serve também para voces aprenderem um pouco mais sobre a natureza. ok? 
Depois que ele deu a folha do trabalho cada uma saiu com sua dupla.
Roberta: Vamos começar por ali? - disse apontando para o meio de algumas árvores.
Diego: Vamos.
Roberta: Será que é isso? - Disse apontando para uma planta, estranha, com uma flor vermelha.
Diego: Acho que é.
Passado um tempo, eu e o Diego terminamos o trabalho, entregamos a folha pro Vicente, ele disse que ainda ninguém tinha terminado, então poderíamos dar uma volta...
Entramos um pouco mais na floresta... achamos uma pedra enorme para nos sentarmos, sentamos bem próximos um a o outro, a vista admito, era linda, o sol no horizonte morrendo, já era tarde... 

Diego: Roberta... - Diego me chamou, com aquela voz linda dele.
Ai meu Deus, Voz linda? que droga eu to pensando?
Me virei e perguntei o que ele queria.
Diego: Quero isso - Do nada ele me beijou,empurrei ele e desci da pedra.
Roberta: VOCÊ ACHA QUE É ASSIM? QUE PODE ME BEIJAR OU NÃO A HORA QUE BEM ENTENDER? VOCÊ É IGUAL AOS OUTROS. - disse indo embora.
Diego: NÃO É NADA DISSO ROBERTA, EU... eu te amo.

Nesse ' eu te amo ' ele diminuiu o tom da voz e ficou fitando o chão que estava cheio de folhas que caíram das arvores, voltei a olhar pra trás, por algum motivo meus olhos estavam se enchendo de lagrimas mais eu não iria chorar.

Roberta: Você nem sabe o que é amor, só quer me usar. 
Diego: Não, com você é diferente, você sabe, Nem foi preciso um beijo para eu me apaixonar por você.

49 - Acampamento 2

POV Roberta



Entramos no ônibus, e ficamos uma meia hora ou mais lá, quando chegamos, descemos do ônibus todos juntos. 
Alice: Que lugar estranho.
Carla: é lindo.
Tomas: To cansado.
Pedro: Que isso cara, você só andou do ônibus pra fora do ônibus.
Roberta: Qual é o professor que veio conosco? - disse mudando de assunto.
Diego: Vicente.
Na mesma hora ele desceu do ônibus com o resto da turma.
Vicente: Gente, tá na hora de montar as barracas.
Todo mundo começou a reclamar ao mesmo tempo.
Vicente: SILENCIO, É MELHOR VOCES MONTAREM SE NÃO VÃO DORMIR NO CHÃO. - Ele disse alto, mais não bravo.
Começamos assim a montar.
Eu e Diego, até que estávamos indo bem.
Diego: Você já acampou alguma fez?
Roberta: Nunca kk' e você?
Diego: Uma vez, quando era moleque.
Roberta: Deve ser por isso que estamos quase terminando.
Diego: É, nos ficamos bem juntos, somos uma dupla boa, olha só terminamos! - Sorri sem graça para ele.

Na mesma hora, a barraca desmontou TODA,  e caiu sobre agente, caiu coisa dela pra tudo quanto é lado.
Todo mundo ficou olhando pra gente, e não demorou muito pra começarem a rir, logo eu e Diego caímos na risada também.

Diego: Acho melhor começarmos de novo, né? - disse rindo.
Roberta: Bora kkkkkk' 

E assim foi, montanos pela segunda vez nossa barraca, por incrível que pareça a Alice conseguiu montar a barraca sem muita ajuda do Pedro, Que bizarro.
Nossa barraca ficou em pé, graças a Deus.

Continua...

48 - Instruções.





















POV Diego



Acordamos cedo, porque é hoje o acampamento, o Jonas mandou todo mundo pegar suas coisa e ir para a sala de estar, que ele ia dar as ultimas instruções antes de partimos, ele mandou cada um sentar com a sua dupla.
Minha dupla era a Roberta, então me sentei ao seu lado.

Jonas: Antes de irmos, querem que tomem cuidado, pois lá vai ter muitos coordenadores, mais é sempre bom se cuidar.
Segundo, NUNCA em hipótese alguma se separem de suas duplas.  
É importante que façam o trabalho pedido.
Bom, era só isso, podem ir para o ônibus que levara voces.

Depois desse monte baboseira entramos no ônibus, e seguimos em direção ao acampamento.

Continua...

47 - Arrumando as coisas

POV Roberta



Vi Binho indo para a direção, bem feito, tem mais é que se ferrar, Saimos todos da sala para arrumarmos nossas coisas, Alice, Carla e Eu, estávamos indo para o quarto, no corredor a Alice pergunta:

Alice: Onde vamos dormir?
Roberta: Não é obvio?
Carla: Barraca Alice, kkk
Alice: Mentira, e como assim? quem sabe montar isso?
Carla: Os meninos devem saber.
Roberta: Mais ai é cada um dormindo junto a sua dupla?
Alice: Deve ser.
Carla: Ai, que bom...
Roberta: Bom aonde minha filha?
Alice: Ih, que foi Roberta? Tá com medo de dormir com o Diego?
Roberta: Alice, vai pro inferno.
Alice: Grossa.
Roberta: Chata.
Alice: Insuportável.
Carla: CHEGA, vamos arrumas nossas malas.
Alice: Já até sei que roupa eu vou.
Roberta: Que bom pra você.
Alice: Ih, ela tá bolada porque eu disse que...
Carla: Alice, melhor não, vem, vamos fazer as malas.

Entramos no quarto e começamos a fazer as malas...

No quarto dos meninos...

POV Diego

Chegamos no quarto e cada um pegou uma mochila e arrumou, não coloquei tanta coisa, afinal, seria só um dia não?

Tomas: Ah, só de pensar que tem que caminhar um monte...
Diego: Deixa de ser preguiçoso Tomas.
Pedro: Voces não acharam estranho o Jonas escolher essas duplas?
Tomas: Eu achei, mais não tenho do que reclamar, afinal....
Pedro: Muito menos eu...
Diego: HAHA, Borá dormir que amanhã o dia é longo!

Conitnua...

Web-Para Sempre Nos

3 Capitulo

Pov Arthur

Depois de dar uma volta pela praia, voltei pra casa. Mal entrei e meu celular já começou a tocar. Era o Chay:
Xx Ligação On xX
Arthur: fala cara!
Chay: eae?Balada hoje?-perguntou animado.
Arthur: claro, a mesma de sempre?
Chay: aham, mais tarde passo ai e vamos com seu motorista.
Arthur: ok.entao até mais tarde. Falou.
Chay: Falou.
Xx Ligação Of xX
Depois de falar com Chay, resolvi ligar pro Micael. Ele sempre vai com a gente pra balada.
Xx Ligaçao On xX
Micael: Eae cara?
Arthur: Bora pra balada mais tarde?
Micael: Claro!Mais tarde passo ai então.
Arthur:Ok.Falou cara.
Micael:Falou.
Xx Ligaçao Of xX
Depois de desligar, fui comer alguma coisa. Depois fui olhar TV, já q não tinha nada pra fazer e a balada era só à noite.
Algumas horas depois...
Ouvi a campainha tocar, devia ser o Chay. Abri a porta e era ele mesmo.
Arthur: eae cara, beleza?
Chay: beleza mano. Tem comida ai?-disse já entrando e indo pra cozinha.
Arthur: deve te,senão,pede pra Maria fazer alguma coisa-disse já subindo para ir me arrumar.tomei banho,coloquei uma roupa legal e arrumei meu cabelo.sai do banheiro e o Chay tava sentado na minha cama,.com um copo de coca e um sanduiche no criado mudo e tocando violão.
Chay: demoro em princesa?-disse me zoando.
Arthur: aah, vai se ferrar, tenho que ficar bonito pras gatinhas-disse rindo.
Chay: mas não precisava demorar tanto-disse isso e deu uma mordida no sanduiche.
Ouvi a campainha tocar.
Arthur: deve ser o Micael.
Chay: é!-disse isso e continuou comendo seu lanche.
Alguns minutos depois, vi Micael entrando com um copo de coca na Mao, será que essa gente só vem aqui pra comer?Kk.
Micael:eae!
Arthur: eae!Vocês só vêm aqui pra comer?
Micael: aah, tem que ir bem alimentado pra balada né?-disse rido-aah, mas eu nem to comendo nada, só to tomando um gole de refri. Esse ai que assalto a geladeira. -disse apontando para o Chay, que já estava terminado de comer.
Chay: aah, deixa eu, tava com fome. Sua casa é muito longe Arthur.
Arthur: é a uma quadra da sua.
Chay: não importa. O que importa é que eu gastei energia pra chegar aqui.
Micael: mas é um verme mesmo-disse Micael, dando um tapa na cabeça do Chay-mas e ai?Vamos tocar alguma coisa, são 21:00(9:00)e vamos sair só as 22:00(10:00).
Arthur: vamos!
Peguei um violão e ficamos tocando. Eu, o Chay e o Mica temos uma banda, aquela que eu falei. Lembra?Pois é. Mas precisamos de mais gente se quisermos participar daquele concurso, só não sei aonde vamos encontrar alguém com talento...

Continua...


46 - Punição

POV Binho



Então o Mauricinho e a selvagem foram me dedurar? Que odio desse desgraçado, mais ele vai se ver comigo...

Fui na sala da mala do Jonas.

Jonas: Sente - se Fabio. - Ele disse.
Binho: Pode me chamar de Binho.
Jonas: Então Fabio, soube o que você fez com a Roberta, sequestro, SEQUESTRO, o que levou você a fazer isso porque?
Binho: Jonas... - Ele me interrompeu.
Jonas: Diretor.
Binho: Eu não sei, eu achei que ainda gostasse da Roberta, ai ela não quis mais nada comigo e isso me deixou furioso e bom...Foi impulso.
Jonas: Mais sequestrar a garota, não acha isso demais?
Binho: Não...Quer dizer, sim, como já disse, não estava pensando.
Jonas: Sei... - Ele já se encontrava desconfiado - Bom, ainda bem que o Diego apareceu né?
Binho: É, o Herói. - Disse em tom de deboche e revirando os olhos.
Jonas: Também acho, então, não posso deixar isso passar em branco, você terá que ficar esse final de semana no colégio.
Binho: Serio isso?
Jonas: Muito.
Binho: Tá.
Jonas: E mais, terá que pedir desculpas a Roberta e Diego.
Binho: Anão, voce só pode tá brincando.
Jonas: Eu vou ter que ser obrigado a ver voce pedindo desculpas?
Binho: Não senhor, irei pedir, posso ir?
Jonas: Pode.

Acho que consegui enrolar ele, bem capaz que eu vo pedir desculpas pra eles, e quer saber? eu faria tudo denovo.

Continua...

45 - Acampamento

POV Roberta



Jonas nos dispensou de sua sala, e fomos para a aula, se não me engano a proxima aula é do Artur. Matemática  fazer o que né?
Eu e o Diego chegamos um pouquinho atrasados, mas mesmo assim do professor nos deixou assistir a aula.
Passou um tempo, o Jonas entrou na aula, imagino que seja para chamar o Binho para direção.
Artur: Dr.Jonas, o que faz aqui?
Jonas: Preciso dar um recado para a turma do segundo ano.
Artur: A vontade.
Jonas: Então, essa semana vocês iram acampar, mas é claro que não é a passeio, tudo valera pontos em suas médias, voces terão que  fazer um trabalho, em duplas, mas como eu conheço cada um de vocês, eu tratei de eu mesmo escolher essas duplas.

Começou todo mundo a falar ao mesmo tempo, eu garanto que isso não vai dar boa coisa... 
Jonas: Então, as duplas são: Alice e Pedro, Carla e Tomas, Márcia e Téo, Juju e Maria, Roberta e Diego, Pilar e Fabio, ah, e a proposito, Fabio, depois você compareça na minha sala, temos um assunto muito sério.

Binho apenas concordou.

Estranho..

O Diego por algum motivo tava sorrindo pra mim, acho que era porque iriamos fazer esse trabalho juntos, somos amigos, mais esse garoto é estranho.

Jonas: Silencio! Bom, o acampamento é amanha, então estão liberados das aulas por hoje para fazerem suas malas e bom, já liguei para seus responsáveis e eles liberam.

QUE SACO, odeio acampamentos, Já disse que odeio esse colégio? acho que não, pois então, eu odeio esse colégio. Precisa acontecer alguma coisa de emocionante nesse passeio, e se não acontecer, eu faço acontecer...

Continua...


sábado, 18 de agosto de 2012

44 - Um Herói !



POV Roberta

Jonas: Mas o que significa isso? - Ele perguntava nos olhando confuso.
Roberta: Binho !
Jonas: Binho que Binho? - Ele se perguntava ainda mais confuso.
Diego: Eu explico melhor, O Fabio, aluno novo, já arrumou confusão!
Jonas: Mais problemas? Ah meu Deus, o que ele fez?

Roberta: Me sequestrou !

Ele arregalou os olhos, se levando da cadeira dele, e pergunta como assim?! 
Acalmamos ele e explicamos tudo...

Jonas: Foi bom vocês terem me avisado, Vou tomar as devidas providencias.
Roberta: Ok, Vamos Diego?
Jonas: Espera ! - Ele disse fazendo nós dois dar meia volta.
Jonas: Você foi um herói Diego! Parabéns.

Diego apenas sorriu e disse que não fez nada que eu não faria por ele...

Jonas nos dispensou de sua sala, e fomos para a aula, se não me engano a proxima aula é do Artur. Matematica, fazer o que né?

Continua...

sábado, 4 de agosto de 2012

Whatsername - Ultimo Capitulo


You Found Me.
"Lost and insecure, you found me, you found me!
Lying on the floor, surrounded, surrounded!
Why'd you have to wait? Where were you? Where were you?
Just a little late... You found me, you found me!"

- Pedro, não vou poder ir hoje. Estou me sentindo muito mal. - menti, cantando pneus ao virar a esquina. Minha Audi Q7 reclamava pela velocidade em que estava, e eu não me importava. Nem um pouco.
- O que você tem? - ele perguntou, preocupado.
- Não sei, estou indo ao hospital agora. Mas não deve ser nada, só uma intoxicação alimentar. Não se preocupe comigo! Dê a entrevista, quando acabar me ligue, tudo bem?
- Não quer companhia?
- Não precisa. - respondi, desligando o celular sem me despedir. Joguei-o em cima do banco do passageiro, correndo pelas ruas desertas do pequeno bairro residencial. As casas eram todas iguais. As ruas eram todas iguais.
344, 344... Elizabeth morava na rua Amsterdã, número 344, como havia me informado pelo telefone na central de informações. Corri até lá. Não sabia exatamente por quê, mas precisava saber o que tinha acontecido a ela. Depois de relembrar seu nome, precisava saber o porquê de ela, depois de tantos anos, ter voltado à minha cabeça.
Há cinco anos a deixara à mercê daquele psicopata, sozinha, indefesa... Como pude ser tão idiota? Tão insensível? Ela precisava de mim. Havia construído um muro em volta de si, e só precisava de alguém para escalá-lo! Como pude ser tão cego, tão egoísta?
Parei bruscamente em frente ao número 344. A casa parecia destruída. As paredes estavam sujas, o jardim mal cuidado, as janelas quebradas... Estacionei o carro na calçada e subi correndo as escadinhas da entrada. Bati quatro vezes na porta. Ouvi um barulho alto dentro da casa, e fiquei mais impaciente. Alguns segundos depois uma mulher toda de branco atendeu a porta.
- Elizabeth? - murmurei, debilmente, mesmo sabendo que aquela não era a garota da boina vermelha.
- Está lá em cima. Algum problema? - a garota perguntou.
- Preciso falar com ela. Por favor. - implorei. A garota estranhou, levantando a sobrancelha.
- Tudo bem. Suba lá.
Passei correndo por ela, sem nem me explicar. Subi as escadas de dois em dois, entrando de supetão no primeiro quarto que vi, encontrando uma mulher de uns 50 e poucos anos sentada na cama, lendo. Ela me olhou por cima dos óculos, sem nenhuma expressão.
- Me desculpe, estou procurando por Elizabeth Blanco.
- Está falando com ela. - a mulher abaixou o livro, e eu pude ver marcas de agulhas em seu braço. Olhei direito para ela... Se parecia muito com a garota da boina vermelha... Muito...
Então minha ficha finalmente caiu, e eu senti meus joelhos tremerem sob meu peso. Elizabeth era a mãe doente da garota da turnê de 2005. Ela criara uma defesa, mais do que eu poderia imaginar, mentindo até sobre seu nome. Ou talvez ela quisesse me dar aquele nome por outro motivo. Para eu poder procurá-la e encontrar sua mãe? Para que eu pudesse ajudá-la, assim com ela havia ajudado durante toda a vida? Dedicado toda sua vida à mãe?
Mas se Elizabeth era sua mãe, onde ela estaria? E qual era o seu nome de verdade?
- Senhora, desculpe incomodar, mas... Você pode me dizer onde está sua filha? - pedi, e seus olhos ficaram dois tons mais escuros. A mulher toda de branco - sua enfermeira - apareceu atrás de mim, indo até o seu lado.
- Elizabeth, quer que eu o mande embora? Ele está te incomodando? - ela perguntou, me olhando feio.
- Lua... Lua... Ele quer saber onde está minha filhinha Lua... - ela balbuciou, perdendo o ar de superioridade.
Lua. Seu nome era Lua.
- Escuta aqui, quem é você e por que veio atormentá-la? - a enfermeira levantou-se, vindo até mim, com a intenção de me expulsar do quarto. Começou a me empurrar para fora.
- Por favor, eu preciso saber onde ela está, por favor! - eu suplicava, sendo empurrando para fora, sem forças para revidar.
De repente a voz grave de Elizabeth ecoou pelo quarto, e a enfermeira soltou meus ombros.
- Ashley, por favor, solte o garoto. - ordenou. Depois olhou para mim. - Quem é você?
- Thur. Thur Aguiar. - sua expressão mudou. Ela ficou... Feliz. Sorriu, verdadeira.
- Tenho algo para você, Thur Aguiar. De Lua. - ela apontou para a escrivaninha ao lado de sua cama. Fui até lá, tremendo, e abri a única gaveta de madeira podre, encontrando uma carta suja e empoeirada, onde podia se ler "para Thur Aguiar".
Peguei a carta entre os dedos, sentindo uma bola se formar em minha garganta. Podia sentir seu perfume. Provavelmente era um truque da minha cabeça, mas eu podia sentir seu perfume ali, na carta.
- Onde ela está? Por que ela mesma não me entrega essa carta pessoalmente? - perguntei, minha voz saindo falhada.
- Lua faleceu há um mês, Thur. - a enfermeira respondeu por Elizabeth, que não conseguia e nem tinha a intenção de responder. - Teve um edema cerebral.
Travei. Entrei em órbita. O que... O que... Lua havia morrido? De um edema cerebral?
Aquilo não podia ser verdade. Não podia... Ela... Eu... Eu nunca havia dito que a amava! Nunca... Nem mesmo tive a chance, e aquilo tudo era culpa minha! Eu não havia entendido seus sinais e voltado para procurá-la... Peter havia matado Lua. Ela havia recebido tantas pancadas na cabeça que havia morrido. E a culpa era mim. A culpa era toda minha...
Por isso os sonhos há um mês. Por isso ela não me saía da cabeça. Ah, meu Deus! Eu havia matado o meu primeiro amor!
Dessa vez meus joelhos não aguentaram, e eu desabei no chão com a carta em minhas mãos. Meus olhos se encheram de lágrimas, algumas caindo no papel desgastado com o tempo; abri-la com as mãos trêmulas.

Londres, 23 de Agosto de 2010.

Thur,

Lembra-se de mim, "Elizabeth"? Provavelmente não... Talvez possa se lembrar de mim como "boininha", embora eu não as use mais há muito tempo. Usá-las costumava ser um jeito de chamar atenção. De sair da inércia da minha vida. Mas isso não importa. O que eu queria te dizer - se algum dia essa carta chegar às suas mãos - é que eu te amei. Te amei e não fui forte o suficiente para me entregar de alma. Me desculpe... Você não sabe o quanto eu me arrependo, e o quanto é difícil pra mim não ir atrás de você. Eu te vejo na TV, ouço você nas rádios, e sinto meu coração se desmanchar, mas não posso estragar sua vida. Não posso tirar de você um novo amor. Só posso... Relembrar. Do único dia em que passamos juntos, o melhor dia da minha vida. Relembrar e pedir para que algum dia eu tenha forças pra poder viver minha vida sem dor. Eu estou doente, Thur. Muito doente. Peter foi embora ao saber. Tem medo de que saibam que a culpa foi dele. Ele me deixou, e eu só me senti aliviada por isso. Eu só queria gritar de alívio por finalmente ter me livrado dele. Ele me matou, como sabia que mataria desde o começo. Mas eu não me importo. Não me importo se algum dia você se lembrar de mim e chegar até essa carta. Se isso acontecer, tudo valerá à pena. Se você encontrou essas palavras, tenho um último pedido a fazer: Ajude minha mãe. Cuide dela. Eu era o seu porto seguro, e agora também estou indo embora desse mundo. Me ajude, por favor. Me lembrarei de você, Thur. Até meus últimos minutos. Você, de algum jeito, mudou minha vida. E eu espero que tenha mudado a sua. Seja feliz, muito feliz, viva sua vida e ame muito. Ame de verdade. Assim como eu o amo há 5 anos.

Com amor,

Lua.


As lágrimas escorreram pelo meu rosto. Meu corpo tombou sob o assoalho, e eu chorei. Chorei por muito tempo.

4 Anos Depois


"Is there anybody going to listen to my story? All about the girl who came to stay...
She´s the kind of girl you want so much, it makes you sorry!
Still you don´t regret a single day...
Ah girl... Girl... Girl..."


Olhava para a lápide cinza, fria. O vento estava gelado. O seu nome entalhado ali me trazia calafrios. "Lua Blanco". Abaixei-me e depositei na grama verde os lírios que tinha nas mãos. Meus olhos estavam embaçados. Fiquei mais um tempo observando a pedra, as memórias passeando pela minha cabeça. Os poucos momentos que passamos juntos agora se misturavam no labirinto da minha memória, e eu não sabia mais a ordem cronológica das coisas.
Suspirei. Tinha que buscar minha filha na escola, e não poderia mais ficar. Embora quisesse passar o dia ali, ao seu lado. Ainda me sentia muito culpado, embora os anos ajudando Elizabeth tivessem melhorado um pouco esse sentimento corrosivo.
Agachei-me e passei a mão pela pedra, sentindo o entalhamento nos dedos. Mesmo que não pudesse mais senti-la, aquele era o meu jeito de dizer que eu estava ao seu lado.
Saí do cemitério em passos largos, cumprimentando o conhecido porteiro. Entrei em meu carro e atravessei a cidade rapidamente. Em quinze minutos estacionei na porta da escola. Entrei apressado - já estava atrasado - e encontrei a professora sentada ao fundo da sala, com meu anjinho no colo.
- Me desculpe à demora. - fui até as duas, e a professora negou com a cabeça.
- Tudo bem, ela não me deu trabalho nenhum. Como sempre! - ela me entregou a garotinha, que dormia profundamente com os cabelos no rosto. Peguei-a no colo e saí da escola. Liguei para Alice avisando que já estava com ela e que estaríamos em casa em menos de meia hora e apoiei-me no capô do carro. Fiquei olhando para minha filha, o nariz vermelhinho, as mãos enroscadas perto do queixo e os cachos caindo pelas suas costas. Passei a mão pela sua franja, e ela abriu os olhos, sonolenta. Tinha três anos, mas os olhos ágeis e profundos de uma adulta.
- Oi, Lua. - beijei sua testa, e ela sorriu.
- Papai. - disse, agarrando-se a mim.


Aquela era a minha pequena homenagem à garota da turnê de 2005, que mudara minha vida.


FIM.

Escrita por Ray
 Obrigada por lerem, espero que tenham gostado assim como eu gostei. :)
Link Oficial: http://www.leticiablack.com.br/fics/ray/whatsername.html